Lambretas correndo pelas ruas, a poucos centímetros do público, extasiado pelas pequenas e endiabradas máquinas, rasgando o asfalto a cerca de
entre as décadas de 1970 e 1980.
E foi com ela que tudo começou. Inspirado nas corridas de bicicleta promovidas por seu pai, Velasco alinhou sua motoneta com outras 85 no grid do autódromo José Carlos Pace, imortalizado pela Fórmula 1 como “Interlagos”, para a disputa de uma prova que teve seis horas de duração.
“Havia 86 lambretas na pista. Durante a corrida, tive que parar nos boxes por um problema mecânico. Demorei para voltar, pois precisei encontrar o defeito e arrumá-lo.
Sabe em que colocação fiquei? Trigésimo oitavo”, conta. “Mas fiquei mal depois da prova. Foram seis horas, sem troca de pilotos. Não conseguia abrir as minhas mãos na hora de descer da moto. Para soltar dos manetes, tive que tirar as mãos como se ainda estivesse os segurando”, completa, simulando o drama vivido.
Velasco correria novamente em Interlagos, inclusive com motocicletas maiores em tamanho e potência. Mas, antes, teria disputas, digamos, bem mais emocionantes, pelas ruas de diversas cidades do interior de São Paulo, entre elas Santos.
“Foi daí que começou. Corri
O apoio para correr em cidades diferentes vinha das prefeituras e de amigos que também corriam. “Geralmente, um caminhão da prefeitura levava das motos. Em Assis, por exemplo, a levavam para Presidente Prudente quando havia corridas lá”.
“Na Baixada Santista, corri umas 20 vezes. Teve no Casqueiro,
Na primeira vez em que veio correr em Santos, Velasco morava
As provas eram organizadas pelo Santos Moto Clube, que Velasco chegou, inclusive, a presidir quando passou a se envolver com a coordenação das provas na região. “O Santos Moto Clube organizava as provas, pois era filiado da Federação Paulista de Motociclismo, e corria atrás de tudo, troféus, e patrocínio, quando dava. Era bem organizado. Tinha que mandar um ofício para a secretaria de esportes. Tinha que ter policiamento e ambulâncias, se não a prefeitura não autorizava”.
Não existia patrocínio fixo ou prêmios em dinheiro para os vencedores. Apenas a paixão pela velocidade e pelas lambretas os movia. “O que dá dinheiro é a Fórmula 1. Nós corríamos apenas pela paixão”, diz Velasco. O público prestigiava bem as provas na Baixada Santista, mas as corridas ferviam mesmo nas cidades do interior de São Paulo, onde verdadeiras multidões compareciam nos locais marcados para acompanhar as corridas.
“No interior era bem mais forte.
O veterano das duas rodas conta ainda que, em uma corrida disputada
(...)
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Equipe RUA
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